Leia o informativo do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica de janeiro!








Informativo do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica/Museu da Vida Ano XIV n. 224 RJ, 31 de janeiro de 2017

Ciência & Sociedade nº 224

Neste informe:
1. Para que o público acredite na ciência
2. Pesquisa para todos: engajando universidades e comunidades
3. Dos monólogos aos livros de divulgação científica
4. Crianças e produtos químicos: um jogo para prevenir acidentes
5. Quando a fotografia enquadra a ciência
6. Mostra no Museu da Vida revela como a natureza inspira o homem
7. Constelações em exposição
8. Com ciência na cabeça e frevo no pé
9. Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde
10. Cultura científica na era digital será tema de evento no Canadá


1. Para que o público acredite na ciência – Atualmente, há quem sustente que a sociedade parece se importar cada vez menos com fatos e evidências concretas e se basear em informações – corretas ou não – provenientes de redes sociais, por exemplo. No contexto político internacional, candidatos que baseiam suas campanhas em mentiras contribuem para o cenário batizado de “pós-verdade” (como defende o artigo “Post-truth: a guide for the perplexed”, publicado na revista Nature: <http://www.nature.com/news/post-truth-a-guide-for-the-perplexed-1.21054>). A ciência, assim, vem perdendo sua relevância como fonte de “verdade”. Sobretudo, quando o foco das notícias científicas são áreas da ciência ainda inconclusivas e ambivalentes, o que dá a impressão ao público de que os cientistas não sabem o que estão dizendo. Em seu artigo “Give the public the tools to trust scientists”, também publicado na revista Nature, Anita Makri defende que uma das soluções é oferecer ao público as ferramentas para compreender a forma como a ciência é produzida, de modo que a sociedade esteja preparada para lidar com as evidências apresentadas. Segundo a autora, no entanto, os cientistas deveriam ser mais pró-ativos nesse processo. Acesse o texto gratuitamente em: <http://www.nature.com/news/give-the-public-the-tools-to-trust-scientists-1.21307?WT.mc_id=FBK_NatureNews>.

2. Pesquisa para todos: engajando universidades e comunidades – Está no ar o número inaugural de Research for All – Advancing Public Engagement with Research, periódico de acesso aberto da University College London Institute of Education e National Co-ordinating Centre for Public Engagement (Reino Unido). O foco da publicação são artigos (com revisão por pares) sobre pesquisas e análises que envolvam universidades, comunidades e as áreas de serviço e indústria, com o intuito de atrair leitores e engajar colaboradores iniciados ou não no ensino superior. Em inglês, os textos do primeiro número se distribuem nas seções: Feature articles; Practice-related Articles: Devices for Engagement; Practice-related Articles: Participatory Approaches; Articles About Changing People; Articles About Changing Institutions; e Book Review. São aceitos artigos com abordagens teóricas e práticas. Para informações sobre submissão, envie e-mail para: <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. Para conferir a publicação completa, acesse: <http://ingentaconnect.com/content/ioep/rfa/2017/00000001/00000001>.

3. Dos monólogos aos livros de divulgação científica – Eles começaram fazendo apresentações no estilo comédia stand-up com temas científicos, arrancando gargalhadas do público. Desde então, o grupo espanhol “Big Van, científicos sobre ruedas”, que já se apresentou em cerca de oito países a mais de 42 mil pessoas, também se aventurou em outros projetos de educação e divulgação científica, entre eles, a publicação de livros sobre temas de ciência. No último ano, foram lançados quatro títulos, sempre em espanhol: “¿Si venimos del mono por qué somos tan cerdos?”, “Cómo explicar la física cuántica con un gato zombi”, “El bosón de Higgs” e “Inteligencia matemática”. A coleção, que inclui também a obra “Si tú me dices Gen lo dejo todo”, de 2014, está à venda pelo site da Amazon, em versões eletrônica e em papel, com preços que variam de 8 a 25 dólares. Para mais informações, envie e-mail para: <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. Saiba mais sobre o grupo em <http://www.bigvanscience.com/index.html>.

4. Crianças e produtos químicos: um jogo para prevenir acidentes – Crianças pequenas, de até quatro anos, requerem atenção redobrada dentro de casa quando o assunto é produtos tóxicos. Para alertar familiares, o Polo de Jogos e Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox/Fiocruz) lançaram o jogo digital “Quem deixou isso aqui?”, que traz informações valiosas para que pais e responsáveis consigam evitar intoxicações domésticas. A história gira em torno da personagem Aninha, de três anos, e o objetivo é deixá-la longe de potenciais perigos, como medicamentos, materiais de limpeza, bebidas alcóolicas e outros produtos. Diversão e informação num único clique! Disponível para tablet e desktop nas plataformas Google Play e Apple, o jogo pode ser encontrado aqui: <http://sinitox.icict.fiocruz.br/sites/sinitox.icict.fiocruz.br/files/jogo/index.html>. Em breve, ele estará acessível para os sistemas Android e iOS.

5. Quando a fotografia enquadra a ciência – Você já deve ter ouvido a frase “Uma imagem vale mais que mil palavras”. Pois é, no meio científico, a imagem fotográfica pode revelar muitas histórias e descobertas, como nas clássicas imagens do universo produzidas pelo telescópio Hubble (disponíveis em: <http://hubblesite.org/images/news/4-galaxies>). O projeto on-line “Seeing Science: Photography, Science and Visual Culture” questiona justamente o papel das fotografias na promoção da ciência e como elas impactam a opinião pública, governantes, financiamento público, educação científica e a cultura popular. Realizada pela Universidade de Maryland (UMBC), nos EUA, a iniciativa busca explorar uma série de questões, entre elas como as imagens fotográficas transformam uma determinada área do conhecimento e como ciência e cientistas estão representados na mídia, redes sociais e outros meios. Para conhecer o projeto, acesse o site <http://seeingscience.umbc.edu/>.

6. Mostra no Museu da Vida revela como a natureza inspira o homem – Para lidar com os desafios da engenharia, da arquitetura, do design, da química e até da matemática, a melhor resposta pode estar na natureza! Esse é o princípio da Biomimética: transpor para técnicas de diferentes áreas as descobertas e soluções do mundo natural. Saiba como na exposição “A Biomimética e o Design de Produto”, em cartaz no Museu da Vida, na sala 307 do Castelo Mourisco. Produzida pelo Laboratório de Biomimética da Escola Superior de Desenho Industrial/UERJ, com recursos da Faperj, a mostra traz diversos exemplos de como a natureza serviu de inspiração para vários produtos criados pelo homem. As flores, por exemplo, oferecem ótimas soluções para o design de sistemas de captação de luz solar para a geração de energia. Já o voo dos pássaros foi a principal inspiração para o pintor, escultor e inventor italiano Leonardo Da Vinci ao desenvolver seu projeto de avião em 1517. O Museu da Vida fica na Av. Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro. A mostra fica aberta ao público de terça a sexta-feira, das 9h às 16h30. Aos sábados, de 10h às 16h. A visita é gratuita. Saiba mais em: <http://www.museudavida.fiocruz.br/index.php/noticias/11-visitacao/766-exposicao-revela-como-a-natureza-inspira-invencoes-humanas>.

7. Constelações em exposição – A constelação de hoje é muito diferente daquelas observadas pelos nossos ancestrais e será completamente distinta daqui a milhares de anos. Imperceptíveis a olho nu, tais diferenças podem ser vistas na exposição “Milênios Cósmicos: cartas celestes para os próximos 100 mil anos”, inaugurada em 17 de janeiro no Museu do Amanhã. Em parceria com a empresa Tellart, a mostra traz telas dos próximos milênios cósmicos, baseadas em dados de pesquisas, numa mistura de artesanato e ciência. Foram desenhadas por um robô, com cera quente de abelha sobre pedacinhos de tecido de algodão, dez cartas celestes vistas do Polo Norte para os próximos cem mil anos. A mostra fica em cartaz até 7 de maio e está aberta ao público de terça a domingo, das 10h às 18h. O ingresso para o Museu custa R$ 20, mas a entrada é gratuita às terças-feiras. O Museu do Amanhã fica na Praça Mauá, 1, Centro, Rio de Janeiro. Veja condições de meia entrada e gratuidade no site: <https://ingressos.museudoamanha.org.br/#!/evento/fa47859bb99eb074bead6a182fd9c918>. Saiba mais sobre a exposição em: <https://museudoamanha.org.br/pt-br/exposicao-milenios-cosmicos-cartas-celestes-para-os-proximos-100-mil-anos>.

8. Com ciência na cabeça e frevo no pé – O carnaval está chegando e, com ele, a ciência também cai na folia. Pelo 4º ano consecutivo, a troça carnavalesca “Com ciência na cabeça e frevo no pé”, criada em 2005, agita as prévias de Garanhuns, em Pernambuco, com muito frevo e bonecos gigantes de cientistas como Albert Einstein, Aziz Ab’Saber, Marie Curie, Naíde Teodósio, Charles Darwin, Leite Lopes e Milton Santos. Fruto de parceria entre o Espaço Ciência, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Prefeitura de Garanhuns, este ano o desfile acontece em 22 de fevereiro e marcará o lançamento estadual da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, cujo tema será “A matemática está em tudo”. A concentração começa às 13:30h na Avenida Bom Pastor, saindo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) às 14:30h. Leve a família e participe!

9. Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde – Foi lançada a chamada pública para a segunda turma do Mestrado acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde. As inscrições devem ser feitas pela internet (no link: <www.sigass.fiocruz.br>) de 1º de março até 16 de abril. No entanto, a documentação necessária deve ser enviada pelos correios até 31 de março – ou entregue pessoalmente na secretaria do curso até 17 de abril. Fruto de parceria entre a Casa de Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Museu de Astronomia e Ciências Afins, a Fundação Cecierj e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, o programa conta com três linhas de estudo: Cultura científica e sociedade; Educação, comunicação e mediação; e Estudos de público/audiências. O objetivo é formar pesquisadores qualificados para a produção de novos conhecimentos que visam incrementar o diálogo entre saúde, ciência, tecnologia e sociedade e capazes de induzir o desenvolvimento de novas ações e estratégias para o campo da divulgação científica. Serão oferecidas 15 vagas – uma delas reservada a portador de deficiência e três delas, a negros ou indígenas. As aulas têm previsão de início em 31 de julho e as inscrições custam 90 reais. Para detalhes sobre o curso, documentos necessários, etapas do processo seletivo e pedido de isenção de taxa de inscrição, acesse: <http://www.coc.fiocruz.br/index.php/todas-as-noticias/1198#.WJCwh1MrKUk>.

10. Cultura científica na era digital será tema de evento no Canadá – As “Journées internationales de la culture scientifique – Science and You” de 2017 vão acontecer entre 4 e 6 de maio na Universidade McGill, em Montreal, no Canadá. Uso de redes sociais e ferramentas digitais, como contribuir para a disseminação de conhecimento, workshops de treinamento, competição de divulgação científica (“Minha tese em 180 segundos”)... várias atividades e tópicos serão abordados ao longo dos três dias de evento. Alguns programas com mais detalhes sobre cada sessão já estão disponíveis no site, em inglês: <http://www.science-and-you.com/en/colloque/provisional-programme>. Em seguida, de 8 a 12 de maio, ocorrerá o 85º Congresso da Association francophone pour le savoir, que já conta com programação preliminar (apenas em francês): <http://www.acfas.ca/evenements/congres/programme-preliminaire>. As inscrições para participar do evento estão abertas e devem ser feitas somente on-line, pelo link <http://www.science-and-you.com/en/registration-fees>. Se feito até 8 de abril, o registro para o Science and You custa 275 dólares canadenses; já para aqueles que querem participar de ambos os eventos, a inscrição com desconto, também até dia 8, sai a 425 dólares canadenses. O investimento dá direito a todas as conferências, a um workshop de duas horas no sábado, coffee breaks e ao programa do encontro.
Ciência & Sociedade é o informativo eletrônico do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica do Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz). Editores de Ciência & Sociedade: Luisa Massarani e Marina Ramalho. Redatores: Carla Almeida, Luís Amorim e Renata Fontanetto. Projeto gráfico: Luis Cláudio Calvert. Informações, sugestões, comentários, críticas etc. são bem-vindos pelo endereço eletrônico <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. Se você não quer mais receber Ciência & Sociedade, envie um e-mail para <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>. A coleção completa de Ciência & Sociedade está disponível em <http://www.museudavida.fiocruz.br/cs-l>.
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