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Dezembro Vermelho é a ocasião em que ressaltamos a importância da prevenção do HIV/AIDS. É um momento em que se incentivam as ações de prevenção e de diagnóstico. Por isso recorremos ao nosso acervo museológico para entender melhor esta doença e o desenvolvimento das técnicas do seu diagnóstico, iniciado na década de 1980. 
A AIDS, sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma doença do sistema imunológico humano que resulta da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana, da sigla em inglês). Esta doença pode ser transmitida por contato com sangue contaminado e através de relações sexuais desprotegidas. 
Com a emergência da doença no final da década de 1970, as unidades técnico-científicas da Fiocruz, Bio-Manguinhos e o Instituto Oswaldo Cruz, organizaram um laboratório de imunologia para o desenvolvimento e produção de reagentes para diagnóstico.

Naquele momento, o objetivo era padronizar a produção de reativos e de kits diagnóstico. A implantação desse laboratório possibilitou o desenvolvimento de tecnologias e redução de custos a partir da substituição dos produtos importados. 

O Laboratório de AIDS e Imunologia Molecular, com o auxílio da Organização Mundial da Saúde (OMS), estruturou as bases para a montagem da infraestrutura, compra de equipamentos, criação de equipes e definição de linhas de pesquisa. Em 1982, a partir de estudos locais e de cooperação internacional, o Brasil recebeu amostras de células infectadas pelo HIV que serviram de base para o desenvolvimento de kits de reagentes para diagnósticos laboratoriais da doença. 

O kit diagnóstico utiliza a técnica da Imunofluorescência Indireta (IFI). É um procedimento em que as reações do antígeno-anticorpo podem ser observadas no microscópio através da utilização de um anticorpo específico, marcado com um corante fluorescente. Os anticorpos marcados podem ser observados pela emissão de luz ultravioleta.

Etapas da reação de Imunofluorescência indireta para HIV. Ministério da Saúde, 1998.

 

Conforme apresentado na imagem, a técnica IFI permite a visualização das células infectadas, com os anticorpos específicos presentes no sangue. Na Etapa 1, células são fixadas em lâminas de vidro com regiões demarcadas. Em seguida, na Etapa 2, é adicionada à amostra reagentes com anticorpos específicos que se ligarão aos antígenos do vírus presentes na lâmina. Logo em seguida, na Etapa 3, adiciona-se o conjugado composto de uma anti-imunoglobina humana fluorescente, que servirá como revelador da reação. E por fim, na Etapa 4, a reação do antígeno/anticorpo é evidenciada por meio de um microscópio de fluorescência. 
Este tipo de diagnóstico ainda é utilizado em exames laboratoriais. Também existem outras formas de testagem, como os testes moleculares e os testes rápidos, que se popularizaram nos últimos anos e que, com apenas uma gota de sangue ou uma amostra de saliva, apresentam o resultado em poucos minutos. 
 
Informações técnicas sobre o Objeto:
Teste diagnóstico do vírus HIV 
Data: 1985-1986
Fabricante: Bio-Manguinhos / Fiocruz
Material: vidro / metal/ papel/ plástico
 
Outras leituras: 
CASA DE OSWALDO CRUZ. Departamento de Arquivo e Documentação. Fundo da Presidência. Série Secretaria de Presidência. Caixa 59 maço 8. BR RJ COC 01.05.0514

ALMEIDA, Luciana Cadinelli de. Controle de qualidade de reativos para diagnóstico de BioManguinhos. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2014.

BRASIL. Diagnóstico sorológico do HIV - Testes confirmatórios. Brasília: Ministério da Saúde, Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS. 1997. 67p, il.  (Série TELELAB).

MEDEIRO, Maurício Zuma. Reagentes para diagnóstico; estratégias para a produção e desenvolvimento em Bio-Manguinhos. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2004. 
 
Créditos:
Objeto em Foco é um produto de divulgação do acervo museológico sob a coordenação de Inês Santos Nogueira e Pedro Paulo Soares
Serviço de Museologia - Museu da Vida

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