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Por Melissa Cannabrava e Teresa Santos

 
Após oito anos e um mês fechada, o histórico Prédio da Cavalariça já está de portas abertas ao público para a exposição de longa duração ‘Vida e saúde: relações (in)visíveis’. Esta é a primeira exposição que a Fiocruz abre para visitação no campus Manguinhos após um longo período, em que as atividades de acesso e de divulgação do patrimônio cultural e científico ficaram restritas em função da pandemia de Covid-19. Na última quinta-feira (19), convidados e o público interno puderam conhecê-la em primeira mão em uma manhã marcada por reencontros e muita emoção.
 

Crédito: Jeferson Mendonça

Tereza Costa, educadora do MV que esteve à frente da produção de conteúdo da exposição, destacou a importância desse momento: "Hoje é um dia feliz para o Museu, depois de anos fechada, a Cavalariça reabre para o público com uma nova exposição. É uma exposição que vem sendo planejada há vários anos como parte do Plano de Requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (Nahm). Pra gente, do Museu da Vida, é um dia de muitos sorrisos – por trás das máscaras – e também um dia de muita alegria por estarmos aqui reabrindo o espaço do museu, finalizando o projeto e nos reencontrando", destacou. 

‘Vida e saúde: relações (in)visíveis’ proporciona aos visitantes uma experiência integral, apresentando uma edificação histórica, a Cavalariça, onde etapas do processo de fabricação de soros eram realizadas. Como lembrou Letícia Guimarães, mestre de cerimônias durante o evento de inauguração, a produção traz um conteúdo que dialoga com a história do prédio e lança um olhar amplo sobre saúde em suas múltiplas dimensões, seus determinantes socioambientais e os desafios para uma ciência aberta e inclusiva. A inauguração da mostra da Cavalariça marca também o reposicionamento da marca do Museu da Vida Fiocruz, que passa a incluir o nome da instituição na sua assinatura e se fortalece como uma plataforma de diálogo entre a instituição e a sociedade.

Coordenador da exposição, Alessandro Batista comentou sobre a finalização do projeto. "Para mim, é emocionante estar aqui na Cavalariça, que foi o prédio que entrei pela primeira vez no MV e que marcou meu contato inicial com a divulgação científica. Passei por todos os vínculos da instituição, dirigi o museu e agora estou coordenando essa exposição. Ver esse prédio cheio, numa exposição tão bacana, contagiante, divertida e crítica é uma alegria que não tem como medir", destacou durante o evento.

A inauguração da exposição da Cavalariça ocorreu durante a Semana Nacional de Museus, que, em 2022, teve como tema ‘O Poder dos Museus’. Durante cerimônia na Tenda da Ciência Virgínia Schall, Alessandro lembrou que os museus têm nas mãos o poder da educação emancipatória, da promoção da diversidade cultural, da preservação da memória e do patrimônio, da inovação cultural e tecnológica. “O tema das relações invisíveis da saúde vai nos propiciar explicitar esse soft power dos museus”, ressaltou.

Além de explorar o universo microscópico, 'Vida e saúde: relações (in)visíveis' permite dialogar sobre relações macroscópicas que, muitas vezes, são tão invisíveis quanto às microscópicas. As relações sociais, a determinação socioambiental da saúde e o modo como convivemos com o nosso planeta estão entre as temáticas pautadas na exposição. Tudo isso pode ser explorado pelo público nos 14 módulos expositivos, de forma interativa e com recursos de acessibilidade.

Outro marco do projeto foi a convergência entre parceiros e as diferentes unidades da instituição. A exposição ganhou vida graças à ação coletiva e colaborativa de muitas mãos. Um dos agentes importantes nesse contexto foi o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apoiador financeiro da exposição. Júlio Costa Leite, superintendente da Área de Gestão Pública e Socioambiental do BNDES, que esteve presente na inauguração, destacou, em pronunciamento, a importância da atuação de instituições financeiras na recuperação do patrimônio histórico. “Começamos a perceber como há uma ligação importante entre a recuperação do patrimônio histórico e a integração urbana”, pontuou, lembrando que a exposição se converte em um equipamento urbano e cultural para a população como um todo, mas principalmente para a região de Maré-Manguinhos, que sofre com a pouca oferta de iniciativas desse tipo.

Para Marcos José de Araújo Pinheiro, diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC), a exposição é parte de um sonho coletivo. “Esperamos ser o prenúncio de sua integral concretização”, destacou durante apresentação na cerimônia, lembrando que ‘Vida e saúde: relações (in)visíveis’ é a primeira entrega à sociedade do Plano de Requalificação do Nahm. O projeto, que visa dar novos usos às áreas urbanas e às edificações históricas da instituição, fortalece a ideia de campus-parque, ampliando o diálogo com a sociedade e a oferta de atividades socioculturais voltadas à população.

A cerimônia de abertura contou ainda com a presença de Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz. Em pronunciamento, ela destacou que a integração proposta por ‘Vida e saúde: relações (in)visíveis’ fica evidente quando se visita o prédio da Cavalariça. Além disso, ressaltou que a produção é, mais do que tudo, uma celebração da vida. O projeto, segundo a presidente, também aponta caminhos para o futuro da Fiocruz, da sociedade e do planeta. "A principal mensagem da exposição, para mim, se resume a uma palavra: esperança. Esperança baseada na ciência e na saúde e, sobretudo, na democracia, que permite esse convívio, essa visão que aproxima ciência e sociedade", afirmou Nísia, lembrando da importância de políticas públicas que incentivam esse tipo de prática e destacando que cultura também é parte do desenvolvimento.

Para Héliton Barros, chefe do Museu da Vida Fiocruz, a inauguração da exposição da Cavalariça marca um momento especial, pois é a primeira de muitas outras produções que virão futuramente. "A cavalariça é apenas a pontinha do iceberg. Em breve, a gente terá diversas exposições novas, no prédio do Relógio, em toda a área sul, no Pombal e em muitas outras áreas", finalizou. 

‘Vida e saúde: relações (in)visíveis’ é uma realização do Museu da Vida Fiocruz, COC, Fiocruz, da Secretaria Especial de Cultura e do Ministério do Turismo e Governo Federal, com Gestão Cultural da SPCOC, através das leis de incentivo à Cultura Federal e Municipal. Além do apoio financeiro do BNDES, tem patrocínio da Enauta Energia, Bayer, Halliburton, Aché, Abbott, E. Tamussino & Cia, TechnipFMC, JSL e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O grande público poderá visitar a exposição mediante agendamento através do e-mail  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Publicado em 20 de maio de 2022.

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