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Medalha da Exposição Internacional de Higiene do Rio de Janeiro

Medalha da Exposição de Higiene do IV Congresso Médico Latino-americano
Local: Rio de Janeiro
Ano: 1909
Material: prata
Autor: René Grégoire
Dimensões: 5,8 cm de diâmetro

A medalha foi oferecida ao Instituto Oswaldo Cruz por ocasião do 4º Congresso Médico Latino-americano, realizado entre 1º e 8 de agosto de 1909, no Rio de Janeiro, em reconhecimento a suas realizações no campo da saúde pública.

Em estilo Art Nouveau, a medalha foi confeccionada pelo escultor francês René Grégoire (1871-1945). Estampa a imagem de um sol radiante, uma vista em perspectiva da cidade do Rio de Janeiro e duas figuras femininas, uma delas portando uma placa com os nomes de Jenner, Pettenkoffer e Pasteur. No verso, rodeadas por um ramo de louros, estão representadas as edificações em que se realizaram o Congresso e a Exposição; na parte inferior, estão gravadas a palavra “Benemereti” e as iniciais do artista, “RG”.

O Congresso Médico Latino-americano, iniciado em 1901 no Chile e realizado periodicamente até 1930, era um evento sobre temas relacionados à ciência médica e à higiene. Entre seus objetivos estavam o fortalecimento e a padronização, na América Latina, de medidas de combate a problemas sanitários, além do estabelecimento de vínculos e parcerias entre instituições e associações médicas da região.

Simultaneamente aos Congressos, destinados a médicos e especialistas, ocorriam as Exposições de Higiene. Abertas ao público, elas exibiam inovações em produtos, terapias, equipamentos e instrumentos médicos e procuravam divulgar para a população práticas de higiene. As exposições eram organizadas pelo país que sediava o Congresso, com a participação de instituições médico-científicas locais e dos demais países latino-americanos.

A Exposição de Higiene de 1909 ocupou três edificações no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, construídas anteriormente para a Exposição Nacional, ocorrida no ano anterior em comemoração ao centenário da abertura dos portos do Brasil. Os prédios ocupados pela Exposição de Higiene foram o Palácio dos Estados, o Palácio das Indústrias e o Palácio do Distrito Federal. Pouco tempo depois, estes prédios foram demolidos, como costumava acontecer com as construções grandiosas, porém efêmeras, erguidas para eventos dessa natureza.

A Exposição foi dividida em duas seções: a Científica, da qual só participaram expositores latino-americanos, e a Industrial, aberta à participação de outros países. Nelas, foram apresentados sistemas de esgotos e distribuição de águas, serviços sanitários, laboratórios médicos, serviços de vacinação, hospitais e desinfectórios, aparelhos, instrumentos médico-cirúrgicos, utensílios higiênicos, alimentos e medicamentos. Estiveram presentes 396 expositores, incluindo instituições cientificas e médicas e representantes dos setores industrial e comercial, a maioria deles brasileiros.

Na Seção Científica, o Instituto Oswaldo Cruz expôs gráficos, mapas, fotografias de suas novas instalações em Manguinhos, peças de anatomia patológica, exemplares de coleções zoológicas e microbiológicas, medicamentos, soros e vacinas de sua produção.

Tais exposições, além de divulgar conhecimento e técnicas, eram também espaços de articulação política, negócios comerciais e laser do público visitante. No dia de sua inauguração, a Exposição de Higiene de 1909 chegou a reunir cerca de 80 mil pessoas, configurando um importante evento sociocultural na antiga capital federal do Brasil.


Para saber mais:
ALMEIDA, Marta de. Entre balões, carrosséis e ciências: a Exposição Internacional de Higiene na Capital Federal. Usos do Passado. XII Encontro Regional de História ANPUH-RJ, 2006. Disponível em: http://rj.anpuh.org/resources/rj/Anais/2006/conferencias/Marta%20de%20Almeida.pdf 
Clique aqui para saber mais sobre a seção Objeto em foco.


Atualizado em 03/02/2015

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