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termociclador

Equipamento para Reação em Cadeia de Polimerase
Material: metal, plásticos, componentes eletrônicos e digitais
Autor: Kary Mullis
Fabricante: Perkin-Elmer (Estados Unidos)
Dimensões: 30 x 33 x 52 cm

Termociclador, ou máquina de PCR – sigla que em inglês quer dizer Reação em Cadeia de Polimerase - é um equipamento que automatiza o processo de amplificação de uma sequência específica de DNA a partir de uma pequena amostra. A multiplicação de materiais genéticos foi fundamental para o desenvolvimento de novas pesquisas no campo da biologia molecular.



A PCR automatizada foi desenvolvida em 1983, pelo bioquímico americano Kary Mullis, e produzida para o mercado pela multinacional Perkin-Elmer. Este equipamento possui um bloco térmico com orifícios onde tubos com as amostras e reagentes são inseridos. O termociclador eleva e reduz a temperatura do bloco em ciclos de tempo pré-programados, permitindo a multiplicação em massa de moléculas de DNA com a ajuda da enzima TaqDNA polimerase e de primers, pequenos pedaços de DNA que servem para iniciar a reação, atingindo grandes quantidades de DNA após alguns ciclos do processo.

Este avanço da tecnologia do DNA permitiu o diagnóstico mais rápido e seguro de algumas doenças. Exames tradicionais para detectar a tuberculose, por exemplo, que antes levavam cerca de três semanas, passaram a levar apenas dois dias. Testes com respostas negativas passaram a apresentar resultados positivos. A sensibilidade desta técnica é alta: ela é capaz de identificar a presença de material genético em pequena quantidade e permitir a quantificação de parasitos em amostras, ainda que estas sejam muito escassas.

Na Fundação Oswaldo Cruz, esse equipamento foi muito importante nas pesquisas realizadas nos laboratórios de bioquímica e biologia molecular ao longo da década de 1990. A aplicação da PCR de forma automatizada permitiu o esclarecimento das características genéticas do Trypanossoma cruzi, parasita causador da doença de Chagas, da leishmaniose, da hanseníase e da febre amarela, contribuindo diretamente para o desenvolvimento de novas formas de tratamento e diagnóstico dessas doenças.

No Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, após o DNA ser separado e purificado, o Termocycler 480 multiplicava a amostra em milhões de vezes. Depois, as bases do DNA eram verificadas em uma espécie de radiografia. Foto: Revista Geográfica Universal, n° 217, jan/93

Nesse período, e de forma pioneira no Brasil, a instituição desenvolveu protocolos padronizados para diagnóstico dessas doenças utilizando a técnica. Também sediou uma rede computadorizada de biotecnologia para a distribuição de informações sobre as análises já descritas e acesso aos maiores bancos de sequências genéticas do mundo. Laboratórios de diversos países, principalmente os da América Latina, passaram a utilizar os princípios desta plataforma.

Ficou curioso? Veja aqui o processo de multiplicação de parte de uma estrutura de DNA.

Para saber mais:

Fundo Instituto Oswaldo Cruz - Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular. Departamento de Aquivo e Documentação (COC/Fiocruz). Acesse em: http://arch.coc.fiocruz.br/

HEALTH MATTERS: modern medicine and the search for better health. London: Science Museum, 1994. Disponível em: http://books.google.com.br/books/about/Health_Matters.html?id=gplaNwAACAAJ&redir_esc=y

Perkin-Elmer/Cetus DNA Thermal Cycler. Manual de Operação. Disponível em: http://openwetware.org/wiki/Perkin-Elmer/Cetus_DNA_Thermal_Cycler



Publicado em 12/01/2015

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