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Por Renata Bohrer e Teresa Santos

 

No último sábado, 6 de abril, o Museu da Vida Fiocruz celebrou o Dia Mundial da Saúde (7/4) com uma programação especial dedicada ao combate às arboviroses.  Foram mais de 300 visitantes presentes no evento ‘Sai, Aedes! Dia Mundial da Saúde no Museu da Vida Fiocruz’, realizado em parceria com o Laboratório de Biologia Molecular de Insetos (LABIMI), do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Núcleo Operacional Sentinela de Mosquitos Vetores (Nosmove/Fiocruz), Laboratório de Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e o World Mosquito Program Brasil (WMP Brasil/Fiocruz). 

 

Crédito: Renata Bohrer

 

No roteiro do dia, teatro, exposições, escape room, entre outras atividades. O público pôde entender mais a fundo as etapas do ciclo de vida do Aedes aegypti, conhecer curiosidades biológicas e comportamentais do mosquito, conferir os diferentes métodos de monitoramento e estratégias de controle deste vetor.  

 

Centro de recepção ganhou maquete e exposição especial 

Instalada no Centro de Recepção do Museu, a exposição sobre o método Wolbachia reuniu imagens do acervo do projeto e foi um dos destaques do dia: ‘A ideia da exposição é contar um pouco da história do método Wolbachia, desde a produção na Fiocruz até o envolvimento da população.’ - contou Wesley Pimentel, do WMP Brasil.  

O projeto WMP consiste na liberação no ambiente de mosquitos Aedes contendo a bactéria Wolbachia. A presença desse microrganismo impede que o vetor transmita o vírus da dengue e de outras arboviroses. Mas apesar de ser uma estratégia natural e segura, o especialista fez um alerta: ‘Essa é uma ação complementar. Mesmo tendo os Wolbitos (mosquito Aedes com a bactéria Wolbachia) no ambiente, a gente precisa continuar eliminando os criadouros’.  

Quem passou pelo Centro de Recepção pôde ainda conferir uma maquete que reproduzia um bairro residencial e comercial com potenciais criadouros do Aedes aegypti. A iniciativa foi desenvolvida pelo Nosmove/ Fiocruz.  A pesquisadora e coordenadora deste núcleo, Dra. Nildimar Honório, destacou que eventos como o ‘Sai, Aedes! Dia Mundial da Saúde no Museu da Vida Fiocruz’ são únicos e extremamente importantes. “A ciência tem que chegar para a população e a divulgação científica tem que ser intensa.  A gente tem que oportunizar esses momentos junto ao público, compartilhando um pouco da nossa vivência em laboratório e os experimentos lá realizados”, afirmou. 

 

Castelo da Fiocruz também foi palco de muitas ações 

Em mais uma parceria com o Museu da Vida Fiocruz, o LABIMI mostrou ao público um pouco da rotina de laboratório na atividade ‘MosquitoMania’, realizada no Castelo da Fiocruz. “A gente, na verdade, fez uma primeira atividade com os mediadores do Museu para qualificação. Eles passaram uma tarde no laboratório para conhecer exatamente isso que trouxemos aqui para o público”, contou Renata Maia (LABIMI/IOC/FIOCRUZ), lembrando que essa atração faz parte também da programação do evento ‘Dia D contra Dengue, Zika e Chikungunya’, em dezembro de 2023.  

Durante a ação, os visitantes conheceram diferentes etapas do ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti. Para Rafaela Bruno (LABIMI/IOC/FIOCRUZ): “O grande barato dessa atividade é a possibilidade que as pessoas têm de ver o mosquito em tempo real.”  

Teve mosquito adulto, mas também ovos, larvas e pupas vivas, com demonstrações de fotofobia. “As larvas fogem da luz. Apresentamos ainda as pupas. O interessante é que as pupas de mosquito se mexem bastante e as crianças ficam muito curiosas”, explicou Luciana Araripe (LABIMI/IOC/FIOCRUZ). 

Tudo isso foi realizado ao lado da exposição ‘Aedes: que mosquito é esse?’, que conta com a gestão cultural da Associação Amigos do Museu da Vida Fiocruz e apoio da Rede Dengue, Zika e Chikungunya da Fiocruz, patrocínio da SC Johnson, e está instalada no Castelo da Fiocruz. 

 

Crédito: Renata Bohrer

 

Teatro e bate-papo 

O público também pôde assistir à peça “É O Fim da Picada!” e, ao final, participar de um bate-papo com a infectologista do INI/Fiocruz, a Dra. Otília Lupi, que confidenciou a importância dessa interação com o público para o seu dia a dia: ‘Toda vez que eu interajo com as crianças, eu repenso o que eu faço não só como médica, mas também como eu estudo e como eu ensino sobre o meu trabalho. Muitas coisas que eu ensino hoje para os jovens médicos, eu refleti sobre a forma de explicar a partir de perguntas das crianças. Então, toda vez que me chamar, vou estar aqui.’ E finaliza: ‘O Museu da Vida Fiocruz é o coração da Fiocruz’. 

Esta é uma iniciativa do Museu da Vida Fiocruz, da Fiocruz, do Ministério da Cultura e do Governo Federal, com gestão cultural da Associação Amigos do Museu da Vida Fiocruz e SPCOC. Conta ainda com patrocínio das empresas Abbott, White Martins, XP Investimentos, IBMR, Dataprev, Icatu Seguros, Transegur, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - Lei do ISS e Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

 

 

Fotos: Renata Bohrer, Flávio Carvalho e Marcel Kamiya. 

Publicado em 11 de abril de 2024.

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