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Por Tatiane Lima

Crédito: Tatiane Lima

 

A passagem do Ciência Móvel por Belford Roxo foi marcada por entusiasmo e grande participação popular. Entre os dias 9 e 12 de julho, milhares de alunos de diversas escolas públicas da região visitaram o Ginásio da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no bairro Santa Maria, para vivenciar a ciência de forma interativa, lúdica e educativa. 

Na abertura das atividades, aconteceu o lançamento da história em quadrinhos 'Pulgas Transmissoras de Doenças', escrita pelos pesquisadores Ingredis Benevides Machado, Ana Beatriz Pais Borsoi e Gilberto Salles Gazeta, do Laboratório Nacional e Internacinal de Referência em Taxonomia de Triatomíneos (LNIRTT) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). A obra faz parte de uma coletânea de cinco volumes elaborada em homenagem ao entomologista Dr. José Jurberg. Os professores das escolas participantes que levaram os alunos para uma sessão de cinema no caminhão do Ciência Móvel ganharam um exemplar. 

 

Experimentos e interatividade 

Crédito: Eduardo Santos

 

Com exposições sensoriais, experiências científicas e curiosidades diversas, os visitantes foram convidados a aprender brincando. Um dos destaques foi o Girotec, um giroscópio humano que demonstra a relação entre equilíbrio corporal e centro de gravidade. A monitora Raquel Barros explica como funciona o equipamento: "Nosso corpo tem um ponto de equilíbrio que sustenta a massa que recebemos. É por isso que dizemos que as mulheres engravidam — o nosso centro de gravidade está na barriga. 'Gravidez' vem de gravidade". 

No módulo 'Por Dentro de Nós', as crianças exploraram o papel do ouvido no equilíbrio corporal. Neste módulo, é mostrado as mudanças no útero durante a gestação, os pequenos puderam segurar o modelo de um bebê ao retirá-lo de um modelo de útero. O espaço também abordou as fases da gestação, incluindo a gravidez de gêmeos. 

O modelo anatômico da pélvis revelou outro aspecto curioso: por conta do espaço ocupado pelo útero, a bexiga da mulher tende a ser menor, o que explicaria, em média, a maior capacidade de armazenamento de urina nos homens. 

  

Acessibilidade e inclusão 

O modelo da orelha chamou atenção ao explicar como o líquido do ouvido interno influencia nosso equilíbrio. O equipamento também promove inclusão sensorial, permitindo que pessoas surdas sintam a vibração dos sons, tornando a experiência acessível a diferentes públicos. 

Outro exemplo de acessibilidade foi a incorporação da segunda temporada da série 'Ciência em Gotas' ao acervo do projeto. Com vídeos legendados e linguagem acessível, os episódios contam a trajetória de cientistas cujas descobertas impactaram a saúde e o meio ambiente. A produção é voltada especialmente ao público infantil e juvenil. 

Além disso, o módulo de entomologia foi ampliado com novos recursos táteis, permitindo que os visitantes explorem as formas de insetos, um diferencial que aproximou ainda mais o conteúdo da realidade sensorial das crianças. Os pequenos puderam tocar versões em pelúcia de espécies que habitam o seu cotidiano. A experiência tornou o aprendizado ainda mais envolvente. 

 

Astronomia, Rios e microscopia 

Crédito: Eduardo Santos

 

As sessões do Planetário Digital encantaram o público infantil. As crianças se divertiram ao “tocar o coelho da lua”, imagem formada pelas manchas na superfície lunar, e puderam escolher planetas para ver em detalhe. A atividade provou que a astronomia pode ser acessível, divertida e encantadora. 

Já na exposição “Rios em Movimento”, havia uma bancada de insetos comuns nos cursos d’água que estão representados nas obras do artista Rodrigo Andriàn. Na bancada de microscopia, as crianças observaram com micro-organismos vivos e mortos da água coletada na região, além de poderem observar as fases de desenvolvimento do mosquito Aedes Aegypti. A atividade destacou que as espécies encontradas em poças d’água são, em geral, semelhantes em diferentes localidades. 

  

Energia, força e descobertas práticas 

Crédito: Tatiane Lima

 

No módulo 'Na Onda da Transformação', o experimento da pilha humana mostrou que o corpo humano pode conduzir energia elétrica. Tocando barras de cobre e alumínio, a corrente se intensifica com a presença de água. Quando duas pessoas se conectam, a energia passa entre elas — imperceptível ao toque, mas medida pelo próprio aparelho. 

As roldanas também fizeram sucesso ao demonstrar como a força necessária para levantar um peso diminui conforme o tipo de sistema utilizado. O público entendeu, na prática, como materiais são içados em construções e como alpinistas se movimentam verticalmente. A atividade revelou que a carga é a mesma, mas o esforço varia conforme o mecanismo empregado. 

As alavancas complementaram a experiência. Com um equipamento interativo, as crianças perceberam que quanto maior a alavanca, menor a força exigida para levantar uma carga, o mesmo princípio aplicado em ferramentas como chaves de fenda. 

  

Um novo olhar para o futuro 

Para o secretário de Turismo de Belford Roxo, Luan Costa, o evento vai muito além do entretenimento: "Mais do que uma visita educativa, entregamos a milhares de crianças uma nova perspectiva de vida. Trouxemos ciência, curiosidade, conhecimento e encantamento. Apresentamos um universo onde elas podem se enxergar como cientistas, como inventores, como transformadoras da própria história. E isso, para nós, não tem preço".

A realização é do Ciência Móvel do Museu da Vida Fiocruz, do Ministério da Cultura e do Governo Federal, em parceria com a Prefeitura de Belford Roxo, por meio das secretarias municipais de Turismo e Educação. A gestão cultural é da Sociedade de Promoção Sociocultural da Fiocruz. O projeto conta com o patrocínio das empresas Toyota, Trident, Sanofi, Santos Brasil e Abbott, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

 

Publicado em 25 de julho de 2025.

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