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Por Rodrigo Narciso, Teresa Santos e Kelly Toledano 

Feira da Ciência. Foto: Vitor Vogel/COC Fiocruz

O primeiro dia de atividades da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Campus Fiocruz Manguinhos atraiu a curiosidade de estudantes e provocou reflexão sobre diversos temas científicos. Mais de 100 atividades estão programadas para acontecer no campus até o próximo sábado (25/10). 

 “Planeta água: mudanças climáticas, (in)justiças ambientais e saúde” foi o tema que norteou a mesa de abertura. Mediada por Luiz Amorim, chefe do Museu da Vida Fiocruz (COC/Fiocruz), contou com a presença de Carla Campos (Uma Só Saúde Azul/Fiocruz), Rejany dos Santos (Comitê de Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara), Paulo Gadelha (Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 – EFA 2030); e Ana Carolina Santana Barbosa (Comunidade Tradicional Caiçara do Sertão do Ubatumirim). 

Ao longo do dia, inúmeras atividades contaram com a participação de estudantes e pesquisadores. Na Feira da Ciência, foram montados 30 estandes interativos que dialogam com o tema 2025 da SNCT: ‘Planeta Água: cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território’. Centenas de crianças e jovens interagiram com diversas atividades científicas e puderam tirar fotos com o Zé Gotinha. No estande ‘Missão: Salvem a Cidade“, da Fiocruz Mata Atlântica, os visitantes se divertiram com jogos temáticos educativos sobre o meio ambiente. “A ideia é mostrar que aprender sobre o meio ambiente pode ser divertido. As crianças entram na brincadeira, mas saem refletindo sobre como cada atitude faz diferença para o planeta”, afirmou o educador Carlos Vinicius. 

A importância dos manguezais em nosso ecossistema foi o foco do jogo ‘Ybirá-Y: Guardiões da Vida’, promovido pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz). Divididos em grupos, os alunos do 6º ano da Escola Municipal Madrid interagiram com entusiasmo no quiz de perguntas e respostas. Eles puderam aprender mais sobre equilíbrio e desequilíbrio ambiental na Baía de Guanabara, a começar pelo nome da atividade, já que Ybyrá significa floresta e Y refere-se a água em tupi-guarani. “O conhecimento vivido na atividade traz uma correlação transdisciplinar e transversal com o conteúdo curricular que estão aprendendo na escola, partindo do pressuposto que é preciso conhecer para preservar”, explica o professor de ciências Arlindo Serpa, que acompanhou a turma. 

A Sala de Vídeo do Centro de Recepção do Museu da Vida Fiocruz recebeu a oficina ‘Dupla Vulnerabilidade: Quando HIV e Clima se Encontram’, promovida pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). Segundo Regina Lana, médica infectologista do INI e uma das proponentes da atividade, a ideia era fazer uma dinâmica sobre infecções sexualmente transmissíveis, prevenção e vacinação de doenças que podem ser prevenidas. “Se a rua do posto de saúde for afetada pela enchente, como é que ficam as consultas que já estavam agendadas? E se for um hospital de grande porte, em que as pessoas precisam fazer cirurgias?”, indagou Josias Freitas, educador comunitário do INI e outro proponente da atividade, mostrando um exemplo de como duas coisas aparentemente diferentes (mudanças climáticas e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis) estão conectadas. A oficina abordou ainda temas como racismo ambiental, responsabilidade coletiva e a importância das políticas públicas. 

Foto: Vitor Vogel/COC Fiocruz

Ciência nas ações de Acessibilidade e inclusão 

Durante a atividade “Sustentabilidade e inclusão: a perspectiva de quem vive com deficiência”, o portador de cadeira de rodas Luiz Antônio Paixão falou sobre as suas experiências como pessoa com deficiência (PCD) em uma palestra para dezenas de alunos do 3° e 4° ano do ensino fundamental. Quando questionado sobre sua dificuldade para se adaptar no mundo moderno, respondeu: “Tenho dificuldade para muitas coisas, menos para viver”.  

Na proposta de “Ações de fomento à saúde integral no território da Maré”, a coordenadora de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas da Fiocruz (Cedipa), Hilda Gomes, falou sobre a importância do projeto, que implementa políticas de diversidade na Fiocruz voltadas para a população periférica. 

O salão da Biblioteca de Manguinhos recebeu a atividade “Acessibilidade e Tecnologias Assistivas do Museu da Vida Fiocruz”. A ação apresentou recursos inclusivos que buscam ampliar a experiência educativa, proporcionando que diferentes públicos tenham acesso ao conhecimento científico. Um dos destaques foi a maquete em 3D do Castelo Mourisco, desenvolvida em conjunto com o Serviço de Design e Produtos de Divulgação Científica (SDPC). 

Ainda na Biblioteca de Manguinhos, houve demonstração de como funciona uma estação de tratamento. A atividade ‘Tratamento de Efluentes no CTM -De Onde Vem e Para Onde Vai?’ apresentou uma maquete com diferentes tanques que possuíam materiais como lodo ativado e microrganismos que decompõem a matéria orgânica. “O intuito dessa maquete é fazer teste de produtos novos que vão ser utilizados na fábrica para ver, antes de descartar na rede coletora, se realmente vamos conseguir tratar”, destacou o proponente André Sanchez. A Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) de Farmanguinhos é responsável pelo tratamento de todo efluente industrial e sanitário gerado no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM) e possui uma taxa de eficiência de 90 a 96%. 

A 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na Fiocruz é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz. O evento conta com recursos oriundos da Fundação Oswaldo Cruz, da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, como parte do Programa Nacional de Popularização da Ciência – Pop Ciência. Tem apoio da Associação Amigos do Museu da Vida Fiocruz (AMVF) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e parceria da Pró-Reitoria de Extensão | PR-5 da UFRJ. Faz parte das comemorações de 125 anos da Fundação Oswaldo Cruz.

 

Publicado em 22 de outubro de 2025.

 

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