Por Rodrigo Narciso

O Museu da Vida Fiocruz tem projeto reconhecido no 13º Prêmio Ibermuseus de Educação', que contou com mais de 200 candidaturas de 17 países ibero-americanos. Com 26 anos de existência e marcado por ações territorializadas, o museu foi a única instituição brasileira entre as dez ganhadoras do Prêmio, alcançando a quarta colocação com o projeto O encontro entre Museu e Favelas: tecendo saberes e diálogos sobre educação ambiental em territórios vulnerabilizados.
A iniciativa contemplada – que busca fortalecer os laços entre o museu e a comunidade por meio da promoção de trocas de saberes sobre educação ambiental com os moradores – é uma das mais recentes iniciativas voltadas para regiões periféricas do Museu da Vida Fiocruz.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marly Cruz, ressaltou a importância do reconhecimento a essa atuação. “Esse prêmio representa o compromisso da Fiocruz como uma instituição pública de saúde, que valoriza a popularização da ciência, com engajamento dos cidadãos de diferentes territórios”, disse.
Para a idealizadora da candidatura ao prêmio e ex-chefe do Museu da Vida Fiocruz, Ana Carolina Gonzalez, o prêmio representa a materialização de uma conquista. “Essa chancela, vinda de uma instância tão importante como o Ibermuseus, é um reconhecimento de que nossa instituição e seus profissionais desenvolvem, com muita dedicação e seriedade, um trabalho de educação territorializada que é referência para a Ibero-América”, afirmou.
Modelo internacional de boas práticas
Gonzalez ainda destacou o papel social e educativo que o museu sempre defendeu. “O Museu da Vida Fiocruz, desde a sua criação, traz como uma de suas responsabilidades a realização de atividades junto a territórios socioambientalmente vulnerabilizados. Nós somos Manguinhos e Maré, e, por isso, ao longo dos anos, esse compromisso se fortaleceu, se ampliou e hoje é um modelo de boas práticas para museus em todo o mundo”, declarou.
O diretor da Casa de Oswaldo Cruz, unidade da Fiocruz à qual o museu é vinculado, Marcos José de Araújo Pinheiro também destacou a história de cooperação estruturante e solidária da instituição em territórios vulnerabilizados, nos quais atua junto às comunidades na identificação e solução de diferentes desafios.
“Essa premiação representa um importante reconhecimento ao Museu da Vida Fiocruz e ao seu trabalho, mas também às comunidades que participam desse e de tantos outros projetos. É fundamental que esse reconhecimento chegue até elas e nos inspire a seguir com essa iniciativa e a criar e realizar outras mais”, afirmou.
Prêmio Ibermuseus de Educação
O Prêmio Ibermuseus de Educação, iniciativa internacional que valoriza projetos educativos de museus em toda a Ibero-América, reconhece ações inovadoras que fortalecem a função social dos museus e promovem a inclusão, a diversidade e a sustentabilidade.
Nesta edição, também foram premiados os projetos do Museo Comunitario Étnico de Los Andes (Colômbia), Museo Ruka Kimvn Taiñ Volil - Juan Cayupi Huechicura (Chile), Museo Laboratorium - Bergarako Udala (Espanha), Intendencia de Colonia-Museo de Colonia (Uruguai), Centro de Textiles del Mundo Maya, A.C. (México), Museo Memorial de la Resistencia Dominicana (República Dominicana), Museo Nacional del Ecuador (MuNa) (Equador), La-Ponte: Centro de investigación y ecomuseo (Espanha) e Museo del Juguete de San Isidro - MDJ (Argentina). Outros dez projetos foram reconhecidos com menção honrosa.
Foto: Vitor Vogel - COC/Fiocruz
Publicado em 28 de outubro de 2025


