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Tome Ciência

Em outubro 1987, oito anos após estrear um programa de jornalismo científico – “Nossa Ciência” –,  a TV Educativa do Rio de Janeiro (TVE) apresentou uma nova experiência de divulgação científica, o “Tome Ciência”, realizado pela produtora independente Motta Lima Produções e Comunicações Ltda. O programa contava desde já com a participação de um Conselho Editorial indicado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Diferentemente do “Nossa Ciência”, que era produzido por uma equipe de jornalismo da emissora, a nova iniciativa não contava com a estrutura de produção da TVE, que apenas exibia os programas, sempre aos sábados à tarde. Nessa fase inicial, até abril de 1989, foram realizados cerca de 80 programas, com 30 minutos de duração. Quando a produtora ficou sem patrocínio, a TV Educativa passou a co-produzir o programa, cedendo estúdio e gravando um formato de entrevistas, também com 30 minutos, sob o comando do diretor André Motta Lima, o que durou até dezembro de 1990.

Em 2004, houve a retomada do programa, com apoio da Finep e apresentação na SescTV, com estreias sempre às 22h das segundas-feiras, com reprises durante a programação. Em 2005, a própria emissora garantiu o custo e o programa, já com uma hora de duração, no formato de um apresentador e quatro entrevistados, que continuou sendo exibido até o final de 2006. A partir desta época, o áudio do programa também foi transformado em programa veiculado pela Rádio MEC AM.

Em abril de 2007 as exibições foram retomadas pelo canal legislativo da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (canal 12 da Net Rio), às 24h dos sábados e 8h30 da manhã dos domingos. Em 2008, a produtora gravou uma nova jornada de programas, com apoio da Faperj, que passaram a ser exibidos por várias outras emissoras em variados horários. Com mais duas jornadas de gravações anuais, a rede se expandiu para 20 emissoras em 2011, entre universitárias, educativas e legislativas. Desde 2008, os episódios passaram a ser acessados também pela internet, no site do programa.

De acordo com André Motta Lima, “Tome Ciência” inicialmente buscava abranger três vertentes: um noticiário de caráter nacional; reportagens sobre os avanços tecnológicos e entrevistas sobre política científica. O formato atual, porém, é constituído apenas por debates, embora existam projetos de retomar a característica de revista eletrônica, com reportagens externas.

Recentemente o programa foi incluído na Rede Ifes, ficando disponível para uso pelas instituições federais de ensino. O programa continua a contar com a participação de um Conselho Científico integrado pelas entidades vinculadas à SBPC. Em 2011, seu Conselho Editorial, responsável pela escolha final dos temas e indicação de convidados, incluía cientistas com ampla experiência em divulgação científica, como Ennio Candotti, Henrique Lins de Barros e Ildeu de Castro Moreira.

Fonte
:

ANDRADE, Lacy Varella Barca de. Iguarias na Hora do Jantar: O espaço da ciência no telejornalismo diário. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. 266p. Tese (Doutorado) – Programa Educação, Gestão e Difusão em Biociências, Instituto de Bioquímica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de janeiro, 2004.

OLIVEIRA, Daniela. “‘Tome Ciência’: nova temporada na TV e agora também na Internet”. In: Jornal da Ciência. Rio de Janeiro: 03 dez. 2008. Disponível em: <http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=60298>. Acesso em 03 jul. 2009.

TOME CIÊNCIA. Disponível em:  <http://www.tomeciencia.com.br/index1.html>. Acesso em 03 jul. 2009.


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