
Com visitação gratuita, a mostra conta com atividades que dialogam com diferentes faixas etárias por meio de jogos eletrônicos, atrações que estimulam a prevenção de doenças cardiovasculares, como a hipertensão, além de informações mais gerais, como a anatomia e funcionamento do órgão. Nas estações periféricas, por exemplo, o visitante pode conhecer o sistema circulatório e os principais elementos constituintes do sangue. Ricamente ilustrado, o conteúdo é distribuído por painéis, vídeos, bancadas de microscópios, além da apresentação de modelos anatômicos por monitores.
Crianças e adultos podem conferir como se comporta a pressão arterial em várias situações do dia a dia. Há, também, um coração gigante que mostra os batimentos cardíacos em diferentes frequências - os sons ampliados foram cedidos pelo Museu de Ciência e Indústria de Chicago. Por lá é possível assistir a vídeos educativos da agência americana The Visual MD, especializada em escaneamento do corpo humano em 3D.

A exposição ficou em cartaz até 16 de julho, na sala 307 do Castelo Mourisco, de terça a sexta, das 9h às 16h30, e aos sábados, das 10h às 16h. O endereço é Fiocruz, campus Manguinhos, avenida Brasil, nº 4.365. Para mais informações, ligue para (21) 2590-6747, ou envie uma mensagem para o Facebook do MV (/museudavida).
Atualizado em 23 de junho de 2016
O programa visa fortalecer as ações da instituição, como reestruturação das peças de teatro, entre outros.
Programa Amigos do Museu da Vida lança ações para fortalecer atividades de divulgação científica do museuNa próxima sexta, dia 12, o "Programa Amigos do Museu da Vida: uma rede de saúde, ciência e cultura” será apresentado ao público! O Ministério da Cultura e o Museu da Vida convidam você a participar e conhecer a iniciativa! Na ocasião, o "Ciência Móvel - Vida e Saúde para todos" também vai anunciar a temporada de itinerância 2015 do caminhão da ciência.
O programa marca uma série de acontecimentos para fortalecer as ações de divulgação científica do Museu na sociedade. Um deles é o ônibus “Expresso da Ciência”, que vai funcionar de forma exclusiva e gratuita para escolas públicas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro que não têm fácil acesso ao Museu. “Foi criada uma rede de escolas parceiras, incluindo, principalmente, aquelas no entorno da Fiocruz, mais vulneráveis socialmente. A partir de 15 de junho, vamos montar um programa de ação continuada com algumas escolas para facilitar esse acesso. Para saber mais, basta ligar para (21) 2590-6747”, explica Diego Bevilaqua, chefe do Museu da Vida. Saiba aqui como ele vai funcionar.
Sobre o Programa, o diretor da Casa de Oswaldo Cruz, Paulo Elian, também destaca o lançamento do ônibus e adianta planos futuros. “Como desdobramento desta iniciativa teremos em breve ações mais impactantes no sentido de integrar o Museu da Vida ao circuito cultural da Grande Rio. Pontos de embarque em alguns locais da cidade podem atingir um público que, por diferentes fatores, ainda não desfrutou da experiência de conhecer o Museu", afirma Elian.

Outra novidade é a revitalização das intervenções teatrais. Peças em cartaz, como “Aprendiz de Feiticeiro”, “Aventuras no Castelo” e a esquete “Conferência Sinistra”, já estrearam neste ano com reformulações. No segundo semestre, uma nova peça será lançada! Baseada na literatura de cordel e voltada para público jovem, a trama abordará o HIV e será uma parceria com o Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz (INI).
Outra área que passará pelo mesmo processo é o Parque da Ciência: diversos aparelhos serão renovados, como Ligações Dançantes, Ciclos e Ritmos, Pedalando Ondas, Pilha Humana, entre outros. Ele também receberá rampas de acessibilidade. A maquete do Centro de Recepção é outro item contemplado no Programa: ela será mais interativa e dará detalhes sobre o campus da Fiocruz, com um guia virtual para indicar os principais prédios e aspectos históricos da instituição.
De acordo com Luis Fernando Donadio, coordenador de captação de recursos da Fiocruz, a cada ano haverá a oportunidade de adesão de novos parceiros. “Desejamos que esta rede de parcerias cresça e, a partir de ações integradas, possibilite cada vez mais o desenvolvimento de iniciativas de inclusão cultural, social e científica”, explica.
O Programa Amigos do Museu da Vida tem patrocínio da IBM e copatrocínio da Nortec Química e Schott, todos com uso da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. O lançamento será às 14h, no auditório do Museu da Vida, e contará com a presença do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, do diretor da Casa de Oswaldo Cruz, Paulo Elian, e do chefe do Museu da Vida, Diego Bevilaqua. O Museu está localizado no campus Manguinhos da Fiocruz, que fica na av. Brasil, n° 4365, em frente à passarela seis. Para mais informações, ligue para (21) 2590-6747.
Participe e venha ver de perto essas iniciativas! Para mais informações sobre o ônibus Expresso da Ciência, clique aqui.
#PartiuMuseudaVida
Programa Amigos do Museu da Vida
Data: 12 de junho
Horários: Das 14h às 15h30
Preço: Entrada franca
Local: Auditório do Museu da Vida
Endereço: Avenida Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro
Atualizado em 10/06/2015
Com a transformação dos campos de sempre-vivas em áreas de pastagem para gado bovino e em plantio de eucalipto, muitas espécies já foram extintas ou se tornaram raras fora da unidade de conservação. Outros fatores também contribuem, como o excesso de coleta das sempre-vivas e incêndios constantes. Essa realidade torna o parque um banco genético de fundamental importância para a conservação e estudo dessas plantas que guardam ainda inúmeros segredos. Em meio ao campo, encontramos a nascente do rio Jequitaí, apresentando no seu entorno espécies de plantas carnívoras, algumas extremamente raras, como a do gênero Drosera, descrita pela primeira vez pelo naturalista e botânico Auguste Saint-Hilaire, em 1817.

No parque, ainda é possível avistar 195 espécies de aves e várias espécies de serpentes e anfíbios, alguns endêmicos da região. No caminho tivemos também a oportunidade de conhecer um pouco da fitofisionomia do parque. A região está localizada dentro do bioma cerrado, mas sofre influência de dois outros biomas: mata atlântica e caatinga.

Apesar de alguma dificuldade, logo encontramos a beira do rio. Subimos mais algumas pedras e nos deparamos com uma cachoeira majestosa: a Cachoeira do Rio Preto ou Cachoeira de Santa Rita. A água do rio caía a uma altura de mais de 60 metros, formando uma enorme piscina de água escura e gelada. Ficamos lá por mais de duas horas tentando descrever com alguma exatidão a dimensão e a beleza dessa cachoeira, que com certeza está entre as mais belas do país. O Parque Nacional é um divisor de águas de duas importantes bacias hidrográficas, a bacia do Rio São Francisco e a bacia do Jequitinhonha. Dos planaltos do parque nascem mais de 600 nascentes, formando córregos, rios, cavando cânions e presenteando os visitantes com várias cachoeiras. Uma informação interessante é que todos os rios e córregos que correm pelo parque nascem no seu interior: não há rio ali que venha de fora da área protegida. As águas do parque atendem comunidades e cidades do entorno.
Na rocha brilhante da montanha, desenhos milenares de animais e figuras abstratas. Veados, gatos selvagens, antas, pacas, várias espécies estavam ali registradas. O incrível é que os registros só existiam ali naquele lugar exposto para um imenso vale, indicando que havia sido produzido justamente para permitir que fosse visto a uma grande distância. Para que serviria? Para indicar espécies encontradas? Com certeza possuíam um objetivo muito específico para aquela sociedade. Depois dessa viagem no tempo voltamos a Diamantina.

A formação Galho do Miguel ocupa 90% da área do PNSV e é composta por quartzitos (um tipo de rocha) finos e puros, formando um enorme planalto com montanhas a perder de vista, surgidas a mais de um bilhão de anos. Essa estrutura gigante já sofreu muita erosão, mas ainda impressiona. Mais de 50% do parque é composto por formações rochosas, criando paisagens bastante singulares. Como resultado de todo o processo de corrosão da rocha, os quartzitos acabam por se transformar numa areia muita branca, criando um ambiente propício ao desenvolvimento das sempre-vivas.
A Semana do Meio Ambiente de 2016 trouxe várias atividades ao Museu! Vale lembrar que o dia 5 de junho marcou o Dia Mundial do Meio Ambiente. Este ano, realizamos uma atividade em parceria com a Diretoria de Administração do Campus da Fiocruz. Nada melhor que refletir sobre nossa relação com o planeta Terra colocando a mão na massa e curtindo as atividades que preparamos. Veja a programação que rolou!
Circuito ambiental da Dirac
7 de junho, às 10h, na Tenda da Ciência
Legados ambientais olímpicos: realidade ou enganação? | Palestra com o biólogo Mario Moscatelli
Tapete de histórias: Romeu e Julieta, duas borboletas em um belo jardim
8 de junho, de 9h às 13h, para público de 5 a 8 anos
Local: Sala Costa Lima, no Castelo Mourisco
A história conta as descobertas e diferenças de duas borboletas, numa atividade que incentiva o diálogo sobre a biodiversidade.

7 de junho, de 10h30 às 13h30, de 6 a 8 anos
Local: Epidauro
Um indiozinho descobre que não há nenhum barulho na floresta e se pergunta: onde estão os sons? Em sua busca pela música, os pequenos visitantes da peça conhecem alguns conceitos musicais e ajudam o índio Ynhire a recuperar os sons!
Ver de perto
8 e 9 de junho, às 10h30, para crianças a partir de 8 anos
Local: o ponto de encontro é no Centro de Recepção
O que você faz quando vê um inseto? Você espanta ele? Sente medo ou curiosidade? A boa é vê-los bem de perto!
Trilha científica Oswaldo Cruz com passeio pelo horto Fiocruz
8 de junho, às 15h, para público a partir de 7 anos
Local: Centro de Recepção
Venha conhecer o Caminho de Oswaldo Cruz e visitar o horto! Uma atividade cheia de curiosidades sobre plantas e o patrimônio ambiental da Fiocruz.
O indesejável do Egito
7 e 8 de junho, às 9h e 15h, a partir de 10 anos
Local: Pirâmide
Com a ajuda de uma lupa, é possível identificar características do Aedes aegypti.
Há vida na gota d´água?
7, 8 e 9 de junho, às 10h30 e 13h30, a partir de 10 anos
Local: Pirâmide
Ao coletar a água de bromélias do campus da Fiocruz, é possível observar diversos microrganismos ao microscópio. Hummm, bate aquela curiosidade para descobrir quais! Corra para a Pirâmide e descubra!
Sabão sustentável
7 e 8 de junho, às 9h e 13h30, para público a partir de 12 anos
Local: Parque da Ciência
Sabia que dá para fazer sabão com o óleo que sobra na cozinha? Então, que tal fazer seu próprio sabão com óleo vegetal usado?
Oficina de brinquedos com sucatas
9 de junho, às 10h30 e 13h30, a partir de 10 anos
Local: Epidauro
A partir do poema "Quadrilha da sujeira", venha conversar sobre lixo, brincadeiras, nossa saúde e a saúde do planeta. A ideia é descobrir o quanto pode ser divertido brincar com sucatas, usando a criatividade para fazer o próprio brinquedo!
Atualizado em 10 de junho de 2016
O projeto é uma iniciativa educativa audiovisual de divulgação científica que tem como objetivo principal dar visibilidade às principais unidades de conservação do país.

Em maio, rolou uma super expedição por lá realizada pelo projeto Parques do Brasil, uma iniciativa educativa audiovisual de divulgação científica que tem como objetivo principal dar visibilidade às principais unidades de conservação do país. Desenvolvido pela pesquisadora Luciana Alvarenga, do Serviço de Educação em Ciências e Saúde do Museu da Vida, o projeto é uma parceria entre o Museu, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o produtor de TV e cineasta Carlos Sanches, da TV Brasil.
Preservando um dos trechos mais importantes da Serra do Espinhaço, onde o PNSV está localizado, o parque apresenta peculiaridades ecológicas e guarda memórias de diferentes períodos da pré-história e de épocas mais recentes, incluindo registros de naturalistas como Auguste Saint-Hilaire, Carl Von Martius, Johann Baptiste Von Spix, entre outros nomes. A equipe da expedição fez um relato do dia a dia da viagem, com cada foto iradíssima! Para conhecer a expedição, acompanhe os textos abaixo. Spoiler: o visual é realmente deslumbrante, você vai se apaixonar!
Primeiro dia de expedição: conferindo os últimos detalhes!
Após uma longa viagem do Rio de Janeiro a Diamantina, a equipe se prepara para conhecer o Parque. Mais de 50% do PNSV é composto por formações rochosas, criando paisagens únicas. Como resultado do processo de corrosão de uma rocha encontrada no local, o quartzito, uma areia muito branca se forma e acaba virando um ambiente propício para o desenvolvimento das sempre-vivas.
Segundo dia: pinturas rupestres à vista
Numa rocha brilhante, a equipe encontra desenhos milenares de animais e figuras abstratas. Veados, gatos selvagens, antas, pacas e outras espécies dão pistas sobre a vida pré-histórica que aconteceu ali há milhares de anos.

O PNSV é um divisor de águas de duas importantes bacias hidrográficas, a bacia do Rio São Francisco e a bacia do Jequitinhonha. Dos planaltos do parque nascem mais de 600 nascentes, formando córregos, rios, cavando cânions e presenteando os visitantes com várias cachoeiras.
Quarto dia: fauna e flora do Parque Nacional
No parque, é possível avistar 195 espécies de aves e várias espécies de serpentes e anfíbios, alguns endêmicos da região, além de animais como a onça pintada, jaguatirica, lobo guará e outros. Conheça quais!
Quinto dia: é chegada a hora de partir!
Depois de mais um dia de expedição, nuvens escuras surgem no horizonte, trovoadas longínquas são ouvidas. No início da tarde, uma chuva inesperada e bem-vinda surge e marca a despedida da equipe.
Publicado em 10 de junho de 2016
A pesquisadora ainda aponta que aqueles que desejam seguir na área, no Brasil, já podem contar com mais oportunidades de trabalho.

Coordenando e participando de inúmeras iniciativas de pesquisa e de práticas em divulgação científica ( algumas delas podem ser conhecidas aqui), ela acaba de ser reconhecida pelo CNPq com o 36º Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, na categoria "Pesquisador e escritor".
Aproveitamos a oportunidade e batemos um papo com ela, que nos contou como era a área da divulgação quando começou, em 1987, e disse que, atualmente, há mais oportunidades para pessoas que desejam trabalhar com a área. Para 2016, dois novos projetos estão para sair do forno! Acompanhe a entrevista.
Ao longo de sua trajetória, você desenvolveu diversos trabalhos voltados para a divulgação da ciência para o público infantil. O que te move ao pensar em aproximar a ciência das crianças?
Luisa Massarani: As crianças são cientistas naturais, sempre curiosas por tudo que ocorre à volta delas. Elas têm muita imaginação. Além disso, talvez mais do que em qualquer outra faixa etária, não há uma receita de como se fazer divulgação científica. O gostoso é, caso a caso, procurar os melhores caminhos de se conversar sobre temas de ciência. Há a expectativa, ainda, de que a divulgação científica para o público infantil pode de fato fazer a diferença para formar cidadãos mais engajados com temas de ciência, fazendo-os tomar decisões mais bem informadas em temas que se relacionem com a área.
Como você avalia a divulgação científica hoje no Brasil? Há mais consciência sobre a relevância do campo?
Eu comecei a atuar na área em 1987. Era um momento de entusiasmo. Poucos anos antes foram criados o primeiro museu interativo de ciência do país, o Espaço Ciência Viva, e o projeto Ciência Hoje, com uma revista para adulto, outra para crianças e a newsletter de política científica. Foi um momento de estímulo à criação de outras revistas de divulgação científica, ao jornalismo científico, com a criação de seções de ciência nos principais jornais do país, entre outros fatores.
Na década de 1990, por sua vez, ganhou peso a área de museus de ciência, que, desde então, aumentaram em número em várias partes do país. O que creio que mudou foi o estabelecimento de políticas de divulgação científica, que incluíram a criação Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia no então Ministério de Ciência e Tecnologia; o estabelecimento, por decreto presidencial, da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, com seu imenso caráter mobilizador; e o apoio sistemático à área de divulgação por editais. Agências de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e as Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs) de diversos estados, colocaram a divulgação científica na agenda. Acho que essas ações fizeram toda a diferença. O Brasil virou referência na América Latina na área da divulgação científica. No entanto, a recente fusão do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação com a pasta de Comunicações, além de ser um retrocesso na área da ciência, coloca em risco todo este esforço de mais de uma década de consolidação de políticas na área de divulgação científica.
Pensando em alguém que está começando nesse campo, qual conselho você daria?
Na época em que comecei a trabalhar na área, dava para contar nos dedos quantas pessoas trabalhavam em divulgação científica em tempo integral. Muitos atuavam na área como atividade secundária, movidos pela paixão. Eu decidi que esta era a minha área e que, também movida pela paixão, seria meu ganha pão. Meu conselho é: se a pessoa acha que esta é a área do coração, invista nela! Hoje em dia há possibilidades de estágios, há cursos de pós-graduação...
Em termos de projetos, quais trabalhos que ainda estão por vir você gostaria de destacar?
Há dois que gostaria de destacar: já está no forno - estão sentindo o cheirinho gostoso? - meu próximo livro de divulgação científica para crianças. Acho que até julho estará nas lojas. Já no âmbito da Rede de Popularização da Ciência e Tecnologia na América Latina e Caribe (RedPOP), estamos fazendo um diagnóstico da divulgação científica na região; em setembro, lançaremos os resultados em um grande fórum que a Unesco realizará no Uruguai. Até onde sabemos, será o primeiro na área.
Publicado em 06 de junho de 2016